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Brasília,25/07/2025

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CABO VITÓRIO

SAIBA QUEM É O CORONEL QUE DEU A ORDEM PARA APAGAR OS RASTROS DE UM ACIDENTE COM DOIS MORTOS

Foi Arantes quem comandou o apagamento da cena do acidente que matou dois alunos do curso de formação da PMDF. Ele mandou retirar copos de bebida do carro, afastou uma testemunha-chave e ameaçou prender quem tentasse interferir.

Cabo Vitório - A Voz dos Praças
SAIBA QUEM É O CORONEL QUE DEU A ORDEM PARA APAGAR OS RASTROS DE UM ACIDENTE COM DOIS MORTOS Condenado criminalmente, o coronel Arantes agora é apontado como o oficial que deu a ordem para apagar os rastros do acidente que matou dois alunos da PMDF

🔁 Relembre o Caso

A “festa da saudade” é uma comemoração interna da PMDF, restrita aos alunos do curso de formação e aos coordenadores. A turma 11 celebrava o fim do curso, cuja formatura estava marcada para o dia 13 de maio.

Na saída da festa, na noite de 2 de maio de 2025, seis policiais em formação se envolveram em um acidente violento no Setor de Clubes Sul, em frente ao Clube do Exército. O HB20 onde estavam colidiu de frente com uma árvore no canteiro central.


Lucas Souza Diniz Adorni, de 28 anos, morreu no local.
Rafael Basílio Arnold dos Santos, de 31 anos, foi socorrido em estado grave, mas morreu no hospital no dia seguinte.

Entre os sobreviventes estavam duas mulheres — uma com traumatismo craniano, outra com lesão na perna — e um homem com ferimentos leves. Um dos socorridos apresentava sangramento ativo na cabeça e desorientação no momento do atendimento.


📰 Foi assim que a história chegou à mídia

As primeiras reportagens divulgaram o que foi passado oficialmente pela PMDF: cinco policiais no carro, dois mortos e três feridos. Era o que a PMDF tentou fixar como versão.

Mas eram seis. Tentaram escondê-lo, mas não deu certo.

Mesmo desorientado e fora de si por ocasião do impacto do acidente, o sexto teve que cumprir a ordem do então major Arantes: sair do local.
No meio da confusão, em tempo de acontecer algo ainda mais grave com ele.


A imprensa não teve acesso a isso.
Porque essa parte foi escondida na origem.

O número foi fechado artificialmente.
A história, desde o começo, já veio com um buraco — aberto por quem tinha o poder de mandar calar.


🧨 Quem chegou primeiro comandou o silêncio

O acidente tinha acabado de acontecer. Antes mesmo da chegada da perícia, quem assumiu o controle do local foi o então major Arantes — coordenador do curso de formação da turma envolvida.


Ele não chegou como socorrista nem como comandante — e sim como criminoso. A primeira ação não foi proteger os alunos, nem preservar a cena. Foi apagar.

Arantes ordenou que os vídeos feitos no local fossem excluídos. Mandou que retirassem os copos de bebida alcoólica do veículo. E passou a intimidar quem tentasse filmar ou falar sobre o que estava vendo. A cena, que deveria ser preservada para apuração, virou alvo de contenção.

Mas a decisão mais grave ainda estava por vir: mesmo visivelmente desorientado após o impacto do acidente, um dos sobreviventes, Jonas Lima Jorge, foi obrigado a deixar o local. A ordem partiu diretamente de Arantes.

Era um policial em formação, em estado alterado, no meio de um acidente com duas mortes. E ainda assim, foi mandado embora. Sumiram com ele antes que pudesse ser identificado, socorrido, examinado ou sequer incluído na contagem.

Duas testemunhas reconheceram Arantes como o oficial que dava as ordens no local: mandou apagar vídeos, arrancar celulares das mãos de quem filmava, esconder os copos de bebida e expulsar o aluno sobrevivente. Também foi ele quem ameaçou prender quem permanecesse na proximidade da cena do acidente.

Naquele momento, o que estava em curso não era um protocolo de emergência. Era um plano de controle.

E o silêncio foi a primeira peça a ser colocada.


🚫 Ligação direta com a obstrução do Comando-Geral

Dias após a tragédia, o carro envolvido no acidente foi misteriosamente retirado do circuito da investigação. A Polícia Civil sequer sabia onde ele estava. Enquanto isso, o Comando-Geral da PMDF, sob liderança da coronel Ana Paula Habka, tentava barrar o avanço das apurações: familiares foram orientados a não colaborar, e ofícios sobre o paradeiro do veículo eram solenemente ignorados.


Agora se sabe: o carro foi escondido na Academia de Polícia Militar de Brasília (APMB), no SPO, em Brasília/DF. Ficou lá por dias — sem perícia, sem explicação, sem acesso.

“O carro ficou escondido na APMB, coberto por uma lona, logo em frente à academia de ginástica. Um funcionário civil tentou tirar foto e quase apanhou do tenente Waislan. Ele obrigou o cara a apagar tudo na hora.” — revela fonte sob anonimato.


A manobra reforça o que já estava em curso desde o minuto zero. O apagamento da verdade começou com Arantes, ainda no local do acidente, e foi sustentado institucionalmente por quem tinha o dever de garantir transparência. O silêncio foi planejado. E o carro, trancado a sete chaves, virou peça central da tentativa de encobrir tudo.


👤 O passado sujo do homem que calou uma cena de crime

Nada do que aconteceu naquele acidente foi obra do acaso — e muito menos a presença de Arantes na linha de frente. Ele não apareceu ali por coincidência. Apareceu porque sabia como fazer sumir o que não podia ser mostrado.

O mesmo oficial que mandou apagar vídeos, esconder os copos de bebida e tirar o sobrevivente da cena já havia sido condenado por prevaricação e abuso de pessoa. A decisão do TJDFT foi clara: usou informação privilegiada para induzir a vítima a vender seu carro por preço vil, em conluio com outro militar. A cena? Um quartel. O método? O mesmo: sumir com o problema.

Mesmo assim, foi promovido a coronel.

Agora, no escândalo que envolve a morte de dois alunos do CFSd da PMDF, Arantes ressurge como engrenagem central da máquina de ocultação. Ele ordenou a saída do sexto envolvido, J. Jorge, ainda desorientado, antes que a perícia chegasse. Ele foi reconhecido por testemunhas como o autor das ameaças contra quem tentou registrar a cena.

Dias depois, a PMDF sob comando de Ana Paula Habka deu continuidade ao apagão: retirou o carro da investigação e escondeu o HB20 dentro da Academia de Polícia. Só apareceu quando a Civil apertou. O mesmo aconteceu quando ocultava documentos do STF: só apareceram quando Xandão ameaçou com prisão.


Arantes não foi um ponto fora da curva.

Ele é o retrato da curva.

A curva institucional que protege os seus — e passa por cima da verdade.



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