CABO VITÓRIO
PAGUE E ESCAPE: COMO TC MIRANDA MONTOU UM ESQUEMA DE MOEDA PUNITIVA NA PMDF
Do 20º BPM (Paranoá) ao 15º BPM (Estrutural): perseguição em massa, “defesas” pagas, e um sargento que virou motorista de confiança. A Corregedoria chegou a cheirar o escândalo — e abafaram.

🟥 1. Quando o comando tem preço
Ele está há meses no 15º BPM. E quem serviu com ele no 20º avisa: se você acha que regulamento vale pra todos, prepare o bolso.
No 15º, o déjà vu já virou rotina: processos pipocando, clima de caça às bruxas, punições do nada. Quem conhece o histórico sabe — esse roteiro já passou no 20º BPM. E o final foi indigesto.
“Com ele, tudo vira processo. Tudo. A diferença é quem paga pra sumir.” — relato interno.
E o pior: a história não ficou no Paranoá. Pegou carona com o comandante e se instalou no novo endereço.
🟥 2. A fábrica de procedimentos: 150 num mês. 180 no outro.
No 20º BPM, sindicância virou munição. Quanto mais procedimento, mais gente vulnerável.
Relatos de quem serviu sob o comando de TC Miranda revelam um cenário de abuso documentado: cerca de 150 procedimentos em um mês, 180 no seguinte — quase 330 em dois ciclos.
Boa parte? Sem infração real. Alguns sobre bobagens. Outros ressuscitados depois de arquivados.
Pra quê? Pra mostrar força. Controlar. E — segundo denunciantes — lucrar.
📩 Denúncia enviada por um militar da ativa, que preferiu não se identificar.
Você pensa: exagero?
Então por que até a Corregedoria quis saber o que estava acontecendo?
O caso chegou lá.
E foi abafado.
🟥 3. Pagou, escapou: a “defesa” privada dentro do quartel
Um sargento virou despachante disciplinar: escrevia a defesa, entregava o resultado... quando o colega abria a carteira.
O nome mais citado nos relatos: 3º SGT [NOME OMITIDO], do 20º BPM. Segundo denunciantes:
- Abordava os militares alvos.
- Oferecia “ajuda” com a defesa.
- Cobrava.
- E dizia: “Deixa que eu resolvo com o comando.”
Repetição estratégica:
Pagava, escapava. Pagava, esqueciam. Pagava, sumia do sistema.
Não pagava?
Multiplicação de processos.
Punição mantida.
Quem fiscalizou isso?
Pergunta honesta.
🟥 4. O X9 encontrou abrigo — e o início da operação de "venda de sentenças"
Antes mesmo de Miranda assumir o 20º BPM, o sargento X9 já era carta fora do baralho. Jurado no batalhão, sem clima nem respaldo, pegou atestado pra sair da rua — onde ninguém aceitava trabalhar com ele. Perdeu o porte de arma e foi encostado no administrativo.
Com a chegada de Miranda, tudo mudou.
X9 encontrou utilidade.
Saiu da restrição, recuperou o porte e passou a circular ao lado do novo comandante — como motorista e operador de confiança.
Foi ali que o esquema saiu do papel.
De um lado, o comandante com a caneta.
Do outro, o sargento que sabia quem enquadrar — e quanto cobrar.
A engrenagem foi montada em silêncio. E dali pra frente, não parou mais.
🟥 5. O roteiro chega ao 15º BPM — e já virou rotina
No 15º BPM, o filme do 20º voltou a passar.
E, desta vez, sem pudor algum.
Sob o comando de Miranda, militares relatam a reabertura de procedimentos arquivados, a transformação de ocorrências banais em sindicâncias formais e a aplicação de punições sem critério — tudo com o mesmo padrão já conhecido: seletividade, pressão e controle.
Segundo os relatos:
- Processos antes encerrados voltaram do nada.
- Casos leves viraram justificativa para sindicância.
- A punição virou ferramenta de enquadramento interno.
Nada está resolvido até alguém decidir — ou pagar.
E o medo voltou a circular pelos corredores como se fizesse parte da rotina administrativa.
🟥 6. Novo batalhão, novo operador — o esquema continua
O sargento do passado ficou pra trás.
No 15º BPM, um 1º sargento assumiu a engrenagem — e o jogo segue rodando.
📩 Relato recebido por caixinha de pergunta — denúncia direta de dentro do 15º BPM.
Com a mudança de endereço, o sistema se adaptou.
As denúncias apontam que Miranda já não conta com o Sargento X9 do Paranoá. Mas um novo operador surgiu para manter a lógica funcionando.
Agora, quem atua como filtro, mensageiro e “solucionador de problemas” é um 1º Sargento, de confiança do comandante, que repete a prática: “ajuda” na defesa, direciona internamente e avisa quem deve — ou não — se preocupar.
Tudo por fora. Nada no papel. Mas tudo funciona como antes.
📌 Quem sabe com quem falar, escapa.
📌 Quem tenta enfrentar o sistema, entra no moedor.
📌 E quem se cala... sobrevive mais um dia.
A farda muda. O operador muda. Mas o esquema permanece do mesmo tamanho.
🟥 7. A Corregedoria chegou perto. Quem fechou a porta?
Fontes afirmam que a Corregedoria da PMDF se incomodou com os números absurdos vindos do 20º BPM. Quis entender. Começou a mexer. E depois... parou.
Por pressão? Por conveniência?
O volume de procedimentos chamou atenção.
Houve ruído interno, consultas, gente pedindo dados.
A Corregedoria teria iniciado uma movimentação preliminar pra apurar o que explicava tanto processo — e então veio o silêncio.
Quebra de padrão: sumiu.
Quem mandou abafar?
Em qual gaveta está esse pedido?
Alguém registrou despacho?
Queremos documentos.
🟥 Conclusão: Miranda não muda — ele repete
A história não é nova. O modus operandi de TC Miranda já foi visto, vivido e denunciado no 20º BPM. Sindicâncias em série, clima de terror, operadores paralelos vendendo “solução” sob encomenda.
O que mudou? O endereço.
No 15º BPM, ele replicou o mesmo modelo — agora com novas peças, mas com a mesma lógica: punir seletivamente, promover o medo e usar a estrutura como arma.
Miranda não comanda. Ele opera.
Opera sobre omissão institucional, silêncio conveniente e um sistema que não quer se comprometer com a verdade.
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