CABO VITÓRIO
COMANDANTE-GERAL DA PMDF TENTA OBSTRUIR INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE COM MORTES
Polícia Civil questiona Ana Paula após mãe da condutora afirmar que foi orientada a não dar informações e que tudo deveria ser tratado com a PMDF

🟥 1. Obstrução institucional: o ofício que expõe o comando de Ana Paula
Um documento oficial da Polícia Civil do DF escancara o que parece ter se tornado prática recorrente sob o comando da coronel Ana Paula: ocultação de informações e controle institucional como método contínuo de obstrução da Justiça. No caso mais recente, a 1ª Delegacia de Polícia encaminhou ofício cobrando explicações da PMDF após a mãe da condutora envolvida em um grave acidente com mortes afirmar que foi orientada pela representante da instituição militar a não prestar informações à polícia judiciária.
🟥 2. Testemunha diz ter sido orientada a se calar e “tratar direto com o comando”
Segundo consta no ofício nº 10/2025 da 1ª Delegacia de Polícia, assinado pelo delegado-chefe Antonio João Dimitrov Borborema, a genitora da condutora envolvida no acidente — identificado sob a ocorrência policial nº 2.567/2025 — afirmou que foi orientada a não colaborar com a investigação. O motivo? Toda e qualquer informação “deveria ser direcionada ao comando da PMDF”.
"todas asinformações que forem solicitadas acerca do episódio deveriam ser direcionadas ao comando da PMDF"
A orientação, que teria partido de uma representante da própria corporação militar, causou “absoluta estranheza” à autoridade policial, que ressaltou não haver qualquer justificativa legal ou funcional para tamanho bloqueio institucional, ainda mais em um caso com duas vítimas fatais.
🟥 3. Veículo foi removido sem destino informado — e PMDF é cobrada por respostas
Outro ponto grave revelado no documento diz respeito ao paradeiro do veículo HB20 envolvido no acidente. Após a perícia inicial, o carro foi guinchado, mas até a data do ofício a Polícia Civil não tinha sido informada sobre o destino dado ao bem — o que impediu a realização de uma perícia complementar necessária à elucidação dos fatos.
A situação gerou reação imediata da autoridade judiciária, que classificou a medida como urgente, alertando que “os vestígios que pretendemos coletar perecem com o decorrer do tempo”. O delegado exige, no mesmo ofício, que a PMDF informe se está com a custódia do carro e, se sim, que determine sua liberação à Polícia Civil.
🟥 4. Quem protege quem? Ana Paula outra vez sob a lente da obstrução
O mais alarmante não é apenas o silêncio imposto à testemunha — é o padrão que se repete. Sob o comando de Ana Paula, a PMDF passou a funcionar como um bunker institucional, levantando barreiras contra investigações externas, desobedecendo decisões judiciais e sabotando o fluxo natural entre instituições que deveriam atuar em cooperação.
A blindagem virou método, a hierarquia virou escudo, e o comando virou obstáculo. A cada novo episódio, a pergunta se impõe: a quem serve essa comandante?
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