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Brasília,02/08/2025

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Máquina pública em campanha: secretários e chefes de gabinete do GDF usam cargos para promover pré-candidaturas e coagir comissionados

Máquina pública em campanha: secretários e chefes de gabinete do GDF usam cargos para promover pré-candidaturas e coagir comissionados


Máquina pública em campanha: secretários e chefes de gabinete do GDF usam cargos para promover pré-candidaturas e coagir comissionados

Máquina pública em campanha: secretários e chefes de gabinete do GDF usam cargos para promover pré-candidaturas e coagir comissionados

Brasília, Julho de 2025


Enquanto o cidadão comum enfrenta filas nos hospitais, o sucateamento do transporte público e a falta de investimentos reais nas regiões mais vulneráveis do Distrito Federal, uma parte da alta cúpula do GDF parece mais preocupada com as eleições de 2026 do que com a gestão pública atual. Um levantamento conduzido por nossa equipe revela um padrão preocupante: secretários(as) distritais e seus chefes de gabinete vêm utilizando a máquina pública para autopromoção, montagem de palanques eleitorais e prática de assédio político contra servidores comissionados.

Segundo apuração com fontes internas que preferem não se identificar por medo de retaliação, chefes de gabinete de ao menos quatro secretarias estratégicas já iniciaram movimentos de pressão explícita sobre os cargos comissionados, exigindo apoio político a eventuais candidaturas próprias ou de aliados,  sob pena de exoneração. A prática, que remete aos piores vícios do fisiologismo, coloca o servidor entre a sobrevivência profissional e sua liberdade de escolha política.

“Estão trocando nomeações por promessa de apoio eleitoral. Quem não obedece, é demitido. Já teve caso de servidor exonerado porque não quis bater palma para um pré-candidato em evento oficial da secretaria”, revela um servidor de carreira, afastado da chefia por "não se alinhar ao projeto".

A situação é ainda mais alarmante porque há indícios claros de desvio de finalidade na comunicação institucional. Publicações em redes sociais de secretários(as) e suas assessorias destacam excessivamente a figura do gestor, com slogans de cunho pessoal e fotografias em eventos que extrapolam o escopo técnico da função. Em muitos casos, ações corriqueiras da gestão estão sendo maquiadas como grandes entregas, enquanto os dados reais de desempenho dos programas seguem ocultos ou manipulados.

Campanha disfarçada com dinheiro público

Em pleno período de pré-campanha, a legislação eleitoral é clara: é vedado o uso da estrutura do Estado para promoção pessoal. No entanto, isso não parece preocupar determinados integrantes do alto escalão do GDF. A lógica do "quem manda é quem está no poder" está corroendo o princípio da impessoalidade na administração pública.

A promotoria eleitoral e o Ministério Público do Distrito Federal já foram provocados por denúncias anônimas, e existe expectativa de abertura de inquéritos civis para investigar possíveis atos de improbidade administrativa e assédio institucional. A jurisprudência é robusta em condenar agentes públicos que se valem de sua função para coagir servidores e antecipar campanhas.

O silêncio do governador Ibaneis Rocha também chama atenção. Mesmo diante das crescentes denúncias, não há sinal de contenção ou medidas de apuração interna. Pelo contrário: a leniência da chefia do Executivo pode ser interpretada como conivência ou, no mínimo, descontrole político sobre sua base administrativa.

A corda vai arrebentar?

Com a população cada vez mais atenta e indignada com os velhos vícios da política, a arrogância de certos gestores pode ter um custo alto nas urnas. Não será surpresa se, em 2026, nomes que hoje se comportam como coronéis da administração pública forem reprovados pela sociedade.

A máquina pública deve servir ao povo, não a projetos pessoais.

A reportagem continuará acompanhando os desdobramentos e trará nomes, documentos e provas à medida que as investigações evoluírem.

Servidores que estejam  enfrentando assédio político podem entrar em contato com nosso canal seguro de denúncia.

O sigilo será mantido.

E-mail: portaldeolhonodf@gmail.com




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