Durante mais uma edição da Quarta do
Cidadão, a Defensoria Pública do DF levou diversos serviços gratuitos
à população, com destaque para o projeto
“Visão para Todos”, que ofereceu exames oftalmológicos gratuitos.

“Faz muito tempo que eu não enxergo direito. Achei que estava ficando velha,
mas hoje descobri que posso tratar”, contou dona Maria, de 63 anos, após ser
atendida no projeto. “Só de alguém olhar pra gente, já ajuda. Mas hoje me
olharam nos olhos.”

O “Visão
para Todos” realizou avaliação da acuidade visual e exames de vista,
oferecendo orientação e encaminhamento médico a pessoas que, na maioria dos
casos, nunca haviam passado por um oftalmologista. Sem custo, a ação devolveu a
muitos o que parecia distante: o direito de enxergar melhor.

“É impressionante como algo simples, como um
exame, pode mudar a vida de uma pessoa. Aqui não é só saúde, é cidadania”,
afirmou uma das voluntárias que participaram dos atendimentos.

Idealizado por Tabanez, o
projeto “Visão para Todos” nasceu com o objetivo de democratizar o acesso à
saúde visual no Distrito Federal. Sensível às dificuldades enfrentadas pela
população mais carente, Tabanez criou a iniciativa como forma de garantir que o
direito básico de enxergar não seja restrito a quem pode pagar.

“O projeto
Visão para Todos nasceu de algo que sempre me inquietou: ver tantas
pessoas sem acesso a um simples exame de vista. Não é justo que alguém precise
escolher entre comer ou cuidar da saúde. Com esse projeto, conseguimos levar
exames gratuitos para quem mais precisa, em ações como a Quarta do Cidadão. Eu
idealizei o Visão para Todos acreditando que a saúde visual é um direito, não
um privilégio”, afirmou Tabanez.

Além dos exames de vista, a Quarta do
Cidadão contou com orientações jurídicas, emissão de documentos,
vacinação, cortes de cabelo, atendimentos sociais e encaminhamentos a políticas
públicas. Tudo oferecido gratuitamente e de forma acessível, no centro de
Brasília.

Para muitos atendidos, a manhã desta
quarta-feira foi mais do que um dia de serviço: foi um gesto de humanidade. “A
gente sente que ainda existe quem se importa”, resumiu seu Francisco, segurando
o papel com o resultado do exame que ele jamais pensou conseguir fazer.