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GOLPES NO PIX: BANCO CENTRAL LANÇA RASTREAMENTO EM CADEIA PARA DEVOLVER DINHEIRO ÀS VÍTIMAS

Nova tecnologia permitirá rastrear até cinco contas envolvidas em fraudes com Pix. Medida pode elevar devoluções para até 80% dos casos.

Cabo Vitório - A Voz dos Praças
GOLPES NO PIX: BANCO CENTRAL LANÇA RASTREAMENTO EM CADEIA PARA DEVOLVER DINHEIRO ÀS VÍTIMAS Nova fase do Pix amplia a segurança contra golpes. Com o MED 2.0, o Banco Central promete rastrear transferências suspeitas em cadeia e facilitar a devolução do dinheiro às vítimas.

Pix sob ataque: Banco Central lança rastreamento em cadeia para devolver dinheiro às vítimas de golpe

Em um cenário onde os golpes virtuais se multiplicam e o Pix se tornou alvo preferido de criminosos, o Banco Central anunciou uma mudança histórica: o lançamento do MED 2.0, um novo sistema de rastreamento capaz de seguir o caminho do dinheiro por até cinco contas diferentes, mesmo após a fraude ter ocorrido.

A ferramenta vai além da versão atual do MED Pix, que só permite o bloqueio e a devolução quando o valor ainda está na conta do primeiro recebedor. Agora, será possível interceptar o dinheiro mesmo quando ele for rapidamente repassado a terceiros — como acontece com as redes de “laranjas”.

Segundo o próprio BC, a estimativa é que o índice de devoluções suba de menos de 7% para até 80% dos casos. Um alívio para quem já perdeu recursos por fraude, estelionato ou invasões bancárias.


Como funciona o MED Pix e o que muda com o MED 2.0

Criado em novembro de 2021, o MED Pix (Mecanismo Especial de Devolução) é uma funcionalidade do Banco Central que permite bloquear e devolver valores enviados via Pix quando há suspeita de fraude ou erro grave no sistema bancário.

Hoje, o funcionamento é limitado: só a primeira conta que recebe o Pix pode ser bloqueada. Se o dinheiro for repassado rapidamente — como normalmente acontece —, a chance de recuperação é mínima. Em 2024, mais de 86% das solicitações foram negadas por falta de saldo no momento do bloqueio.

Com o MED 2.0, isso vai mudar.

A nova versão do mecanismo permitirá o rastreamento do dinheiro em cadeia: até cinco contas poderão ser monitoradas e bloqueadas, mesmo que os valores já tenham sido parcialmente transferidos. Isso fecha o cerco contra redes de golpistas, que se aproveitavam da velocidade do sistema para “lavar” o dinheiro segundos após a fraude.

A ferramenta será integrada a mais de 800 instituições financeiras e terá funcionamento obrigatório para todos os participantes do Pix.


📅 Quando o MED 2.0 começa a valer?

O Banco Central definiu duas datas importantes:

  • 🗓️ 1º de outubro de 2025:

Os aplicativos bancários deverão permitir que o próprio usuário solicite a devolução via Pix diretamente pelo app, sem necessidade de atendimento humano.

  • 🗓️ 1º trimestre de 2026:

Entrará em operação o MED 2.0 completo, com rastreamento em cadeia de até cinco contas e integração entre todas as instituições financeiras participantes do Pix.


Fui vítima de golpe — o que fazer?

Se você foi vítima de um golpe via Pix, o tempo é crucial. Quanto mais rápido agir, maiores as chances de reaver o valor.

Veja os passos recomendados:

✅ 1. Contate seu banco imediatamente

Informe a fraude e peça formalmente o acionamento do MED Pix. Guarde o número de protocolo, data e horário da solicitação.

✅ 2. Registre um Boletim de Ocorrência

Embora não seja obrigatório para o MED, o B.O. pode fortalecer sua argumentação, principalmente se houver judicialização posterior.

✅ 3. Guarde todas as provas

Prints de conversas, nomes de quem recebeu, dados bancários, links, comprovantes da transação — tudo isso será útil na análise da fraude.

✅ 4. Acompanhe a análise

O banco tem até 7 dias para avaliar o caso. Se houver saldo, o valor pode ser devolvido em até 4 dias úteis após a decisão.

✅ 5. E se o banco negar?

Você ainda pode:

  • Reclamar ao Banco Central;
  • Procurar o Procon;
  • Ou entrar com ação judicial contra os golpistas (e eventualmente contra o banco, se houver negligência).

Informação é defesa

O crescimento dos golpes digitais exige mais do que tecnologia: exige informação e reação rápida. Com o Pix consolidado como o principal meio de transferência do país, a segurança dos usuários se tornou um dos maiores desafios do sistema financeiro.

O MED 2.0 representa um avanço real — e uma resposta concreta às quadrilhas que exploram a boa-fé dos brasileiros. Mas até que ele esteja plenamente em vigor, é fundamental que cada cidadão saiba como agir diante de uma fraude, como acionar seus direitos e como pressionar os bancos pelo cumprimento dos prazos e das devoluções.

Nenhum sistema será eficaz se as vítimas não forem orientadas a tempo. E é por isso que informar é, hoje, uma forma de proteger.



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