Taguatinga vai ganhar um “presentão” de R$ 36 milhões: um albergue público bem no coração da cidade. Sim, no centro. Onde já mal cabem gente, carros, camelôs, escolas, entregadores, ônibus, pombos — e a paciência da população.

A proposta? Instalar esse equipamento urbano — necessário, sem dúvida — justamente na área mais caótica e sensível da cidade. Como se quem decidiu isso tivesse feito um tour de drone no Google Maps e pensado: “Olha, parece vazio... mete aí mesmo!”

Vamos aos fatos: o centro de Taguatinga é um retrato da falta de planejamento urbano. Comércio informal espremido, escolas coladas umas nas outras, sensação constante de insegurança e infraestrutura que implora por socorro. E qual a brilhante solução do governo? Jogar mais pressão onde já não cabe mais nada.

A população questionou, os pais e mães se preocuparam, os comerciantes se revoltaram. E o GDF respondeu com... silêncio. Ou melhor: com ameaças. Porque no evento oficial, diante de protestos legítimos, o governador simplesmente mandou o povo calar a boca. Sim, isso mesmo: calar a boca. Democracia modo avião.

Mas a cereja do bolo vem agora.

Carlos Tabanez, sem mandato, mas com vergonha na cara, usou a Lei de Acesso à Informação e cobrou formalmente explicações. Resultado? A própria administração admitiu que o local escolhido não pode receber esse tipo de equipamento urbano, segundo normas da ALUOS/DF.

Ou seja: além de irresponsável, a decisão é ilegal ?.

Será que esqueceram de consultar a legislação? Faltou assessoria? Ou já virou prática governar no grito e depois ver se pode?

E mesmo com tudo isso, a ameaça continua:" vão fazer lá, sim — e quem reclamar, leva bronca pública".

Não, ninguém aqui é contra acolher quem precisa. Somos contra a maneira atropelada, autoritária e mal planejada como isso está sendo feito. Inclusão social feita com improviso e empurrada goela abaixo não é progresso — é arrogância embalada em discurso bonitinho.

Aliás, tem um espaço já pronto, com estrutura adequada e próximo de serviços essenciais, que poderia receber o projeto com dignidade e eficácia. Mas parece que desviar o Waze até lá é demais para quem se perde até nas leis que deveria cumprir.

Fica a sugestão: se é para gastar R$ 36 milhões de dinheiro público, que seja com respeito, escuta e responsabilidade.

Do contrário, é só mais um episódio daquela série já conhecida:

"Decisões Inexplicáveis da Administração Pública — agora com participação especial do governador autoritário".

Ponto para Tabanez — O fiscal do POVO, sem mandato, mas com coragem, compromisso e clareza.

Enquanto quem você elegeu... bem, esses só sabem gritar.

Abaixo os dois links dos documentos enviados:

link da Resposta do Administrador para o ofício do Tabanez

link do ofício Tabanez Sugerindo um outro local fora do Centro de Taguatinga

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